domingo, 5 de abril de 2009

RECUPERAR A FAMILIA ATRAVÉS DO ESTUDANTE


     Em minhas caminhadas quando estava candidato a vice prefeito em 2008 em Itabuna, pude notar o estado de desestruturação que se encontram muitas famílias na nossa cidade. Vivendo em habitações muito precárias, com falta de alimentação decente, desempregados e muitas vezes analfabetos, vítimas de alcoolismo ou drogas.

      Então pensei... como poderemos melhorar o desempenho da educação em nosso município, já que a participação da família é de extrema importância para o desenvolvimento das crianças e jovens? Pois uma criança mal alimentada que sofre agressões dos pais, que não tem ajuda em casa para fazer as tarefas da escola e que recebe toda carga a negativa de um lar desestruturado, certamente não terá condições psicológicas razoáveis para se desenvolver perfeitamente enquanto cidadão e estudante.

      Compreendi que se não formos capazes de melhorar as condições dos lares da nossa cidade, não adiantará investirmos milhões em educação. O investimento na educação tem que começar a partir do investimento na família. E isso não seria humanamente impossível, bastaria que as secretarias municipais: desenvolvimento social, saúde, indústria e comércio, cultura e educação, criassem um projeto em comum, onde cada um faria sua parte para tentar melhorar as condições de vida dessas pessoas a partir de um trabalho completo de recuperação de estruturas mínimas nos lares mais problemáticos.

     A partir do aluno matriculado a secretaria de desenvolvimento social seria acionada e uma assistente social acompanharia a vida dos alunos, primeiramente fazendo uma análise das condições habitacionais, alimentares, saúde (dependência química), formação educacional e profissional dos pais. Depois, com base nesses dados, seriam criados programas que encaminhariam essas pessoas para resolução dos seus problemas mais urgentes. É a maneira mais correta de ajudar os cidadãos mais carentes, porque não criaria um vínculo de dependência devido a possibilidade recuperar a auto-estima dos pais e ajudá-los a se profissionalizarem e fazerem coisas produtivas, e o que é mais importante, trazer a responsabilidade para o município de cuidar das nossas crianças.